O assassinato do pequeno Arthur Ramos do Nascimento, de apenas 2 anos, no dia 16 de fevereiro, em Tabira, no Sertão de Pernambuco, continua a gerar revolta e muitos questionamentos. A brutalidade do crime chocou a população e trouxe à tona discussões sobre negligência e responsabilidade no cuidado infantil.
Arthur estava sob os cuidados de Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, e Antônio Lopes Severo, de 42 anos, ambos indiciados pelo crime. Enquanto Giselda encontra-se presa, Antônio foi linchado por moradores locais no dia 18 de fevereiro, logo após ser detido pela polícia.
A mãe do menino, Giovana Ramos, de 20 anos, concedeu uma entrevista ao LW Cast na última quinta-feira (20), na qual relatou detalhes sobre a vida ao lado do filho e justificou as circunstâncias que a levaram a deixar a criança sob os cuidados de terceiros.
Um dos principais questionamentos sobre o caso é o motivo pelo qual Arthur permaneceu por tanto tempo fora do círculo familiar. A família de Giovana reside em Americana, no interior de São Paulo, mas uma avó e uma tia dela vivem em Tabira. No entanto, segundo a mãe, essas parentes não tinham condições de cuidar do menino.
"Minha avó é idosa e não conseguiria controlar o Arthur. Já minha tia tem sua própria família, trabalho e marido, e nunca se manifestou para cuidar da criança", explicou Giovana.
Diante dessa realidade, a jovem decidiu confiar a guarda temporária de Arthur a Giselda, enquanto buscava sustento para ambos.
Giovana revelou que, para sobreviver, precisou se prostituir, e afirmou que essa foi a razão pela qual optou por deixar o filho com outra pessoa.
"Como eu poderia levar uma criança para dentro de um cabaré? Um ambiente pesado, com prostituição e drogas? Eu não queria isso para meu filho. Por isso confiei nela (Giselda), e esse foi meu maior erro", disse ela.
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