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Foto: Divulgação |
De acordo com o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, a antecipação desse marco decorre de uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação tributária. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”, explicou.
Ruiz de Gamboa também ressaltou que a inflação teve um papel determinante, uma vez que a tributação no Brasil é majoritariamente baseada no consumo, impactando diretamente os preços dos bens e serviços. Além disso, ele apontou como fatores relevantes a elevação das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e diversas medidas adotadas pelo Governo Federal, como a tributação de investimentos offshore, a reoneração dos combustíveis, mudanças na tributação de incentivos fiscais estaduais e a retomada do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
Apesar do avanço na arrecadação, o economista prevê que o crescimento da economia e dos tributos em 2025 será mais modesto. Segundo ele, mesmo com os impactos contínuos da inflação e do aumento das alíquotas do ICMS, a elevação da taxa básica de juros (Selic) poderá desacelerar a atividade econômica, refletindo em um ritmo menor de crescimento da arrecadação ao longo do ano.
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