Brasil registra pior índice de corrupção em 12 anos e cai para 107ª posição em ranking global

Imagem Ilustrativa
O Brasil atingiu, em 2024, o pior índice de corrupção dos últimos 12 anos, ocupando agora a 107ª posição entre 180 países no Índice de Percepção da Corrupção, conforme divulgado pela Transparência Internacional.

Em entrevista à imprensa, Marina Atoji, diretora de Programas da Transparência Brasil, destacou que a falta de transparência frequentemente favorece práticas como desvio de recursos, uso eleitoreiro de verbas públicas e corrupção. A entidade acompanha de perto as chamadas “emendas Pix” e emendas de comissão, que consistem em transferências diretas de recursos para estados e municípios sem a necessidade de convênios formais para os repasses.

"Esses recursos permitem execuções mais rápidas, mas carecem de planejamento adequado. Em períodos eleitorais, são usados para ações visíveis, porém com impacto reduzido a longo prazo", explica Marina.

Ela reforça a importância da prestação de contas para que governo, legislativo e sociedade possam acompanhar e avaliar as políticas públicas. No entanto, segundo a diretora, há uma resistência explícita por parte de parlamentares em oferecer transparência sobre esses gastos.

"O fato de termos autoridades, especialmente deputados e senadores, relutando em prestar contas reforça a percepção de que o Congresso não é transparente e não quer fornecer informações à sociedade", pontua.

O Tribunal de Contas da União (TCU) tem a responsabilidade de fiscalizar essas emendas, mas atua por meio de amostragens, denúncias e auditorias específicas. Especialistas alertam que, sem mecanismos eficazes de controle e maior transparência, o Brasil pode continuar enfrentando dificuldades para melhorar sua posição no ranking global de corrupção.

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