Um médico ginecologista de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está sendo investigado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) após uma denúncia de estupro feita por uma paciente. Wellington Florêncio foi preso em flagrante na última quinta-feira (1º), acusado de abusar sexualmente da paciente durante uma consulta em seu consultório no bairro Maurício de Nassau.
A vítima, que optou por não ser identificada, relatou que procurou o médico para uma consulta de rotina. Durante o atendimento, ela notou um comportamento estranho por parte do profissional durante o exame ginecológico.
“Ao finalizar o exame, quando tentei me levantar da maca, ele me abraçou sem roupa e tentou me beijar por duas vezes”, afirmou a paciente. “Saí em estado de choque do consultório e não tive coragem de reagir na hora”, completou.
Após o ocorrido, a vítima relatou o caso ao seu marido e retornou ao consultório. Ela informou à secretária que o médico havia fornecido uma receita médica incorreta e que precisava falar com ele. Ao confrontar o médico na presença do marido, a vítima conta que o profissional não demonstrou surpresa com a acusação.
“Quando entramos, meu marido perguntou se ele era o médico que se aproveitava das pacientes. Nem ele nem sua secretária demonstraram surpresa. O médico pediu calma, mas meu marido bateu uma cadeira no chão, quebrando-a. Imediatamente, liguei para a polícia”, relatou a vítima.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que o médico foi autuado em flagrante pelo crime de estupro e encaminhado para a audiência de custódia, ficando à disposição da justiça.
Diante da gravidade das acusações, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) se manifestou por meio de nota, informando que, após ser informado pela imprensa sobre a prisão de Wellington Florêncio, encaminhou a denúncia à Corregedoria do Conselho. O caso será investigado em conformidade com o Código de Processo Ético-Profissional (CPEP), seguindo as diretrizes estabelecidas pela Resolução CFM Nº 2.145/2016.
O Cremepe ressaltou que a investigação será conduzida sob sigilo, garantindo a devida apuração dos fatos e o respeito aos direitos de todas as partes envolvidas. O Conselho reforçou seu compromisso com a ética médica e a proteção dos pacientes, ressaltando que casos como esse são tratados com seriedade e rigor, visando preservar a integridade e a confiança na prática médica.