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Foto: G1/Pernambuco |
O Chefe da Polícia Civil no
Estado, Joselito Amaral, comentou em entrevista concebida ao Bom Dia PE, que o
combate ao aumento exacerbado nos números dos homicídios que foram registrados
até agora em Pernambuco terá como foco o trabalho de investigações a integrantes
dos grupos de extermínio e milícias.
O delegado fez questão de afirmar
que a Polícia já conseguiu identificar dois grupos rivais, que são comandados
por ex-policiais. Nos dois primeiros meses do ano de 2017, o estado registrou 977
homicídios, sendo que desses números, 497 foram registrados somente em
fevereiro. Os dados foram divulgados na última quarta-feira 915) pela
Secretaria de Defesa Social.
“Hoje, o foco é diferenciado. É o combate sistemático a ação de grupos de extermínio, que são pessoas que matam mediante pagamento. Temos aí, não raras vezes, a participação de policiais, civis ou militares e até mesmo de outros estados”, apontou o delegado.
Um dos grupos já identificados
pela Polícia Civil tem atuação na Zona Norte do Recife, comandado por um cabo
da Polícia Militar que já teve o pedido de prisão preventiva decretado, segundo
Amaral.
“Tivemos cinco mandados de prisão decretados. São dois grupos que já foram identificados e cabe agora à polícia avançar nas investigações. A PM é uma instituição idônea, o que está sendo apurado é o desvio desses policiais. O combate será sistemático”, afirmou.
O foco do Pacto pela Vida,
política de segurança lançada há dez anos pelo então governador Eduardo Campos,
era a vítima da violência. Com a mudança, o foco passa a ser o autor dos
crimes.
“Se o autor é ligado a grupo de extermínio, organização criminosa ou associação criminosa, essa investigação será prioridade para a gente”, detalhou.
Entre as mudanças apontadas pelo
chefe da Polícia Civil está a questão das investigações. No estado, as
Delegacias de Homicídio eram responsáveis por esses tipos de crime, enquanto as
delegacias distritais ficavam com as outras ocorrências. A partir de agora, vai
caber às especializadas de homicídio investigar os crimes cometidos por associações
criminosas.
“Os crimes de proximidade, aqueles conflitos na comunidade, afetivos ou familiares, serão investigados pelos distritos. Aí entra a DPMul, o Departamento da Mulher, que antes só trabalhava com medidas protetivas e agora trabalhará também com apuração do feminicídio”, explicou Amaral.
Com informações do G1
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