Paulo Câmara contribuiu para a saída da deputada Raquel Lyra do PSB, ao não garantir que a sigla da mesma concorresse à prefeitura de Caruaru nas eleições de 2016. Porém, a deputada já estava decidida a concorrer e encontrou no PSDB as condições necessárias para dá prosseguimento a seu projeto político.
O que Câmara, com sua pouca experiência política não contou, que a partir da principal cidade do interior, poderia surgir um grupo forte que poderá garantir uma chapa forte de oposição em 2018. Sabemos que PSB e PSDB já não estão tão alinhados, pois os tucanos não conseguiram impedir à candidatura de Daniel Coelho a prefeitura do Recife, contribuindo para a decisão em segundo turno.
A partir da candidatura de Raquel Lyra a prefeitura de Caruaru, está dando musculatura a uma “Nova Oposição”. Em prol da tucana já chegaram a se reunir o senador Armando Monteiro (PTB), o ministro Bruno Araújo (PSDB), o prefeito José Queiroz (PDT), o deputado Sílvio Costa (PTdoB) e a deputada Priscila Krause (DEM). Esta aliança ainda é local, mas poderá ir mais além, passando pela eleição de 2018.
Além de complicar a reeleição de Paulo Câmara, essa união ainda isolaria o PT, que para não acabar de vez em Pernambuco, os petistas terão que voltar para a aliança com o PSB, para dá um palanque a João Paulo e Humberto Costa e demais deputados federais e estaduais.
Independente de Raquel Lyra (PSDB) tornar-se ou não prefeita de Caruaru, a oposição ao governo Paulo Câmara ganhará musculatura depois dessas eleições. O bloco, que está nascendo forte, reuniria, além de Bruno Araújo (PSDB) e Armando Monteiro (PTB), o ministro Mendonça Filho (DEM) e os deputados federais Wolney Queiroz (PDT), Betinho Gomes (PSDB) e Daniel Coelho (PSDB).
Todos esses políticos visualizam que não haverá espaço para todos na Frente Popular. A chapa majoritária desse time poderia ser composta da seguinte maneira: Bruno Araújo (governador), Mendonça Filho (vice), Armando Monteiro (senador) e a outra vaga para o senado poderia ser ocupada por José Queiroz ou Elias Gomes.
Caso isso venha a acontecer, deixará o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), numa sinuca de bico. Ou segue seu partido e deputado federal Bruno Araújo, ou segue o deputado estadual Diogo Morais (PSB), permanecendo ao lado de Paulo Câmara. Dependendo da decisão, poderá ser o fim da aliança Vieira e Morais na Capital da Moda.
Por Marciel Aquino


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