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Revelação de Cristo para a Consumação (Parte II)


O conteúdo das profecias do Apocalipse, não pode ser desassociado do seu contexto do Antigo Testamento. Aliás, o presente livro tem como gênero literário uma base nos livros proféticos do Antigo Testamento, tais como Daniel, Ezequiel e Zacarias. Os conteúdos destas profecias se baseiam na centralidade profética do Messias, ou seja, as profecias relatadas em Zacarias, Ezequiel e Daniel, fazem parte da estrutura da mensagem do Apocalipse. Charles Hodge afirma que esses livros são expansões e sumário do Apocalipse. Ele argumenta da seguinte forma:
O Apocalipse parece ser um sumário e uma expansão de todas as profecias escatológicas do Velho Testamento, especialmente daqueles de Ezequiel, Zacarias e Daniel. Os mesmos símbolos, as mesmas formas de expressão, os mesmos números, o mesmo ciclo de acontecimentos ocorrem nas predições neotestamentárias que são encontradas naquelas do Velho Testamento[1].(pp. 1626,1627).
No que se refere as profecias de Daniel, no sétimo capítulo do profeta Daniel, há uma explicação sobre os quatro reinos, ou seja, o babilônio, o medo-persa, o grego e o romano. Conforme a passagem, o reino romano seria dividido em dez reinos. O que fica claro nesse texto é que esses reinos não eram indivíduos, mas uma comunidade organizada sob um rei. Seguindo a mesma linha de pensamento, Charles Hodge acrescenta o seguinte argumento em relação ao sétimo capítulo de Daniel
Que os reis, nesta profecia, significam reinos, não indivíduos, mas um comunidade organizada sob um rei, é claro à luz da natureza das predições e da declaração expressa do profeta; pois ele diz, no versículo 17, que os quatro animais são quatro reis; e, no versículo 23, que o quarto animal é o quarto reino. Rei e reino, portanto, são alternados como tendo a mesma significação. A seguir, ou no meio desses dez reinos representados pelos dez chifres, havia de surgir outros reino ou poder simbolizado pelo pequeno chifre[2]. (p.1627).
Essa estrutura mostra a revelação de Cristo e o Seu reino em relação à consumação do plano divino para com a humanidade. Segundo J. Dwight Pentecost diante da história das profecias do Antigo Testamento, podemos encontrar aspectos da pessoa e obra do Messias. Ele argumenta da seguinte forma; “O tema central de todas as profecias é o Senhor Jesus Cristo. Sua pessoa e Suas obras são o grande tema da história profética… (1º Pedro 1.10,11)[3]”. Importante salientar que esse mesmo autor, esclarece o método interpretativo literal de os judeus em relação às profecias do Antigo Testamento[4]. Sobre isso, tratando especificamente sobre o livro do profeta Daniel, Gerard Van Groningen, destaca a importância escatológica deste livro em suas profecias. Ele afirma o seguinte;
‘… algumas características apocalípticas das profecias de Daniel continuam a atrair autores que procuram expor a escatologia que é considerada um tema importante do livro’[5]. (p. 342).
Segundo o próprio autor, o interesse escatológico no livro de Daniel está contido na causa dos elementos apocalípticos nas profecias[6], não estar associado a interesses de uma escatologia histórica, ou momentânea, como no caso da escatologia desenvolvida nos séculos 19º e 20º, conhecido como dispensacionalismo, que trouxeram a atenção sobre as profecias de Daniel. No entanto, tais interpretações escatológicas, serviram, segundo Groningen, ‘… de fonte de motivação… sobre… referências de Daniel’[7]. Esse mesmo comentarista apresentou as questões escatológicas do livro de Daniel em relação ao Mediador, função essa específica do Messias. Ele apresentou que, no capítulo dois do livro de Daniel, temos profecias sobre a vinda do Messias. Temos profecias sobre as bestas, onde de fato, o profeta recebe uma explicação sobre quatro bestas; elas representam quatro reinos (Daniel 7.17-25) [8].

Portanto a leitura deste livro deva ser antes de tudo lida de forma que centralize os atos julgadores do Filho de Deus. Antes de tudo Apocalipse é uma narrativa não cronológica dos atos de Deus em relação à Criação. Alias, tal afirmação tem com implicações a autoridade que o livro apresenta diante do Senhorio de Cristo. Afinal, Apocalipse é uma afirmação categórica da vitória da igreja perante o mundo.

[1] HODGE, Charles; Teologia Sistemática. Editora: Hagnos. São Paulo 2003; pp. 1626, 1627.

[2]  Idem, p. 1627.

[3] PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia; uma análise detalhada dos eventos futuros. Ed. Vida. São Paulo, 2002.; p. 90.

[4] Idem, pp. 44,45.

[5] GRONINGEN, Gerard Van. Criação e consumação. O Reino, a Aliança e o Mediador. Vol II; Editora: Cultura Cristã; São Paulo; 2006; p. 342.

[6] Idem, p.344.

[7] Idem, p. 344.

[8] Idem, 382.

Por Pr. Tiago Xavier

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