Trabalhando bases: Pré-candidatos apostam em corpo a corpo antes do período oficial de campanha

Em Santa Cruz do Capibaribe, disputa por cadeira municipal já começou nas ruas
Imagem meramente ilustrativa — Edição: Blog do Bruno Muniz
Os postulantes ao cargo de prefeito de Santa Cruz do Capibaribe já iniciaram suas campanhas nas ruas, junto ao povo, fazendo o popular trabalho de bases. O reforço nos bastidores ocorre fora do período oficialmente eleitoral, tendo em vista que a campanha pela forma legal só deverá ter início no dia 16 de agosto.

Com as diversas brechas que existem nas leis do Tribunal Superior Eleitoral, cada pré-candidato se comporta como pode e busca reforçar suas colunas antes mesmo da liberação das campanhas. Para isso, é necessário que o eleitor fique de olho em possíveis crimes eleitorais.

Para entender melhor, os tópicos abaixo mostram as regras e regimento geral do que foi proposto para as eleições municipais deste ano em todo o país.

Filiações partidárias

As filiações foram encerradas no último dia 02 de abril. Quem deseja concorrer a um cargo público este ano por obrigação já deve ter buscado e se aliado a uma sigla de sua preferência.

Convenções partidárias

As convenções para a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações devem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto de 2016. O prazo antigo estipulava que as convenções partidárias deveriam acontecer de 10 a 30 de junho do ano da eleição.

Registros de candidatos

Os pedidos de registro de candidatos devem ser apresentados pelos partidos políticos e coligações ao respectivo cartório eleitoral até as 19h do dia 15 de agosto de 2016. Pela regra passada, esse prazo terminava às 19h do dia 5 de julho.

Propaganda eleitoral

A resolução do calendário das eleições de 2016 incorpora, ainda, outras alterações produzidas pela reforma eleitoral, como a redução da campanha eleitoral de 90 para 45 dias, começando em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, tendo início em 26 de agosto, em primeiro turno.

Edson Vieira
Edson Vieira (PSDB/Situação) Imagem meramente ilustrativa — Edição: Blog do Bruno Muniz
O atual prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), busca através de um discurso insistente, pregar a continuidade de um trabalho que segundo o mesmo está sendo bem desempenhado no município.

Rebatendo sempre as críticas da oposição, o tucano alega que apesar da Crise Econômica que afetou o seu governo, em muitos pontos houve avanços, se comparado ao governo anterior.

Nas ruas Edson segue participando de vários atos políticos e utilizando obras e benfeitorias para a população como um instrumento de impulso, já que resta pouco tempo para mostrar serviço.

Contra o tradicional político pesam rumores de envolvimento com fraudes em licitações, poucos recursos nos cofres da Prefeitura e questões sociais, como insegurança, pontos que são ligados automaticamente contra quem administra o município.

Fernando Aragão
Fernando Aragão (PTB/Oposição) Imagem meramente ilustrativa — Edição: Blog do Bruno Muniz 
Pelo grupo de oposição, o vereador petebista Fernando Aragão adotou um discurso que vai de contra à 'chance' utilizada na campanha de 2012, em que o seu hoje opositor saiu vitorioso.

Para o experiente parlamentar, o município precisa de um choque de administração, e segundo ele Edson não seria capacitado para gerir este impulso de realidade.

O pré-candidato segue uma agenda desde que se propôs a ingressar no rumo ao pleito como o nome oficial do partido denominado 'Taboquinha'.

Também trabalhando as bases e realizando uma série de visitas, contra Fernando pesam questões como disposição e disponibilidade, como idade, poder financeiro e aliados, pontos que certamente farão diferença na abertura de urna.

Rodolfo Aragão
Rodolfo Aragão (PSOL/Oposição) Imagem meramente ilustrativa — Edição: Blog do Bruno Muniz
Correndo em uma das pontas, Rodolfo Aragão (PSOL) se condicionou a ter uma campanha totalmente artesanal (palavras dele), fortalecendo justamente as 'pontas soltas' da sociedade. Para isso o jovem reuniu um grupo de jovens e desde então tem buscado promover o diálogo em reuniões e encontros populares.

Em suas falas Rodolfo busca não criticar explicitamente a gestão municipal nem a oposição, mas as suas posturas administrativas e de condução, abrindo espaços para novos nomes e propondo um cenário de mudança radical.

Uma das maiores dificuldades que o pré-candidato terá é o apoio da classe política e empresarial, tendo em vista que as siglas optarão por junções com partidos mais consolidados no município, já a classe empresarial não deverá arriscar temendo não ter retornos.

Contra Rodolfo pesa principalmente a questão financeira, sem recursos para injetar na campanha o jovem político terá que se desdobrar no fortalecimento de polos eleitorais, assim como já tem feito nas periferias.

Deixe seu comentário

Comentários ofensivos, preconceituosos e descriminatórios podem ser removidos pelos nossos administradores.

Postagem Anterior Próxima Postagem