O Partido Socialista Brasileiro (PBS), que havia crescido muito nos últimos anos, movido principalmente pelas parcerias com os governos do PT e pelo apoio direto do ex-presidente Lula, passa hoje por uma crise de existência.
A sigla cresceu em várias cidades do país, principalmente no Nordeste, devido à força dos irmãos Gomes (Ciro e Cid), no Ceará e pelo então ex-ministro de Lula e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Porém em setembro de 2013, os irmãos Gomes deixam o PSB, devida a divergências internas com o presidente do partido na época, Eduardo Campos. Um ano depois os Socialistas perdem seu maior líder com a trágica morte de Eduardo, em seguida, sem sucesso na eleição presidencial, Marina Silva também deixa o partido, que fica meio órfão e sem rumo.
Em Pernambuco, mesmo vencendo em primeiro turno e um dos governadores bem mais votados em 2014, o estreante Paulo Câmara (PSB) está longe de ocupar o espaço deixado por Eduardo. Resta então os pernambucanos esperarem pelo herdeiro da família Campos/Arraes.
O PSB tinha uma linha voltada para esquerda, tendo ajudado o Partido dos Trabalhadores a conquistar a presidência. Porém, após as perdas e saída do governo petista, os socialistas vêm perdendo sua identidade e sua bandeira de lulas ao se juntar com os partidos de diretas, estes que visam diminuir direitos e conquistas da classe trabalhadora.
E agora ao se juntar com o PSDB e DEM para derrubar o governo que eles mesmos ajudaram a construir, o PSB fica em uma situação complicada. Sem um líder e tecnicamente sem eixos, a sigla terá que decidir. Ou faz parte de um possível governo Temer (PMDB), ou ficar em cima do muro, como vinha fazendo no governo Dilma.


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