![]() |
| Montagem: Blog do Bruno Muniz (Imagem: Arquivo Pessoal/Facebook) |
Um jovem que residia há pouco mais de seis meses na região, não sabia, mas o município que leva uma 'cruz' em seu nome seria o ponto final em seus dias. Por nome de Jeová, o jovem é abordado por um elemento com uma faca em punho, o instrumento que é normalmente utilizado como utensílio de cozinha naquela ocasião tornava-se uma arma.
Calculando a situação, o elemento pede para Jeová que o mesmo entregue-lhe o aparelho celular e dinheiro, celular e dinheiro estes que o jovem não tinha, celular e dinheiro estes que lhe custaria o direito natural de continuar vivendo.
Ao responder que não teria um aparelho celular, Jeová talvez tenha visto, não se sabe ao certo, mas o elemento de face oculta perante o conhecimento de todos, lhe crava o artefato no peito, daí então, como um filme, a vida de Jeová começa a passar. Passa também o sangue pelo ferimento, e cada vez mais torna-se difícil manter-se com os olhos abertos contemplando uma sessão forçada de um filme sombrio.
Jeová não mais consegue distinguir se as pessoas de branco que o rodeiam são humanos, ou algo a qual talvez tenha ouvido falar durante toda a sua vida, anjos, quem sabe. Jeová morre. De braços fechados, em cima de uma maca do Hospital Municipal Raimundo Francelino Aragão, Jeová teve sua vida retirada por algo que cega o nosso entendimento, inexplicavelmente, um assalto de vida.
Pela manhã Jeová acorda, ele não sabe, mas o aparelho eletrônico anunciado na propaganda de TV, ao qual o vendedor se refere como algo que ''vai mudar a sua vida'', de fato, mudaria.


Postar um comentário
Comentários ofensivos, preconceituosos e descriminatórios podem ser removidos pelos nossos administradores.