Santa Cruz do Capibaribe segue sendo palco do desmatamento
Fotos: Bruno Muniz |
Nós já havíamos abordado este tema em uma matéria publicadas recentemente aqui no blog - Reveja
O desmatamento que vem acontecendo em todo o Sertão de Pernambuco preocupa devido ao desequilíbrio que o mesmo provoca no eco-sistema na região, tendo em vista que já é seco e árido, daí então a presença de matas se torna algo crucial.
No Agreste em si, a presença de madeira destinada à produção industrial é muito pouca, mas a madeira que geralmente é usada para fazer lenha é facilmente encontrada, e neste caso retirada de forma desenfreada.
Conforme a demanda aumenta, a busca por esse bem natural se torna mais sagaz. Em algumas regiões próximas à capital pernambucana, a fiscalização por parte da Polícia Ambiental é mais severa, dessa forma os consumidores recorrem aos pontos de desmatamento em outros eixos do estado, é mais fácil, mais pratico e muito mais barato, além de não possuir fiscalização é claro.
Com terras que não são usadas para produção agropecuária nem agricultura, alguns proprietários encontraram uma forma de ganhar dinheiro com elas, ou seja, desmatando. Queimadas e devastação de matas para produção de carvão e retirada de lenha são facilmente encontradas em paisagens que englobam as zonas rurais da maioria dos municípios que compõem o Agreste.
Nos últimos anos o desmatamento tem sido tema de diversos debates em todo o estado de Pernambuco, porém na prática pouco se tem feito pela situação. Com o crescimento da destruição de matas antes pouco atrativas muda o cenário do Agreste que caminha para tornar-se um deserto de cinzas.
Em tese, existem Leis brandas que proíbem o desmatamento em diversas regiões do Agreste, porém devido a falta de fiscalização e punição a devastação não cessa.
Por: Bruno Muniz