Trabalhando contra – o PMDB deve mesmo disputar o Palácio do Planalto com candidato próprio em 2018, quebrando um jejum de mais de 20 anos para buscar de vez o comando da República. Com isso, chegará ao fim uma aliança de 12 anos com o PT. Desde que assumiu o comando do país, no segundo mandato da presidenta Dilma, o PMDB trabalha na contra mão do governo. Para a maioria dos peemedebistas a ideia é quanto pior melhor. Isso é evidente no trabalho que vem desempenhando os presidentes da Câmara e do Senado, votando contra o governo e tirando a cada dia o poder do executivo. O grande desafio do PMDB será unir o partido “partido” e também achar um candidato competitivo.
Chantagem ao governo – Citado na Operação Lava-Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), faz uma chantagem pública ao governo Dilma. Cunha disse a aliados ter mandado um recado duro à presidente Dilma Rousseff (PT) na semana passada, o deputado teria pedido à presidente que se ela der novo mandato ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o governo irá “conhecer o inferno” na Câmara. Isso é um absurdo. Cadê o povo dos protestos que não vê isso. Os protestos são apenas contra Dilma?
Agora é Lula que depende de Dilma – A presidente Dilma deve os dois mandatos ao seu maior cabo eleitoral, o ex-presidente Lula (PT). Agora chegou a fez de a criatura ajudar ao criador. Lula pretente ser candidato mais uma vez ao Palácio do Planalto, pela quinta vez. E se vencer entrará de vez para a história do Brasil. Porém ele agora dependerá do desempenho de Dilma nesse segundo mandato. Pois se tiver como está hoje, o PT não terá respaldo para lançar candidato próprio e pela primeira vez desde a redemocratização terá que apoiar outro partido. E dependendo de como terminar a relação do PT e PMDB, não estranhe se os petistas apoiarem o PSDB, para dar o troco.
O mal da reeleição - A nossa vizinha e mãe, Taquaritinga do Norte, que semana passada completou 128 anos de emancipação política, enfrenta o mal da reeleição. Geralmente os gestores nas esferas municipais, estaduais e até federais, fazem um bom primeiro mandato e quando são reeleitos, terminam o segundo mandato com grande rejeição. O prefeito Evilásio (PSB) obteve uma boa aceitação popular em seu primeiro mandato e foi reeleito com uma grande diferença em relação a seu opositor. Mas ouvindo alguns moradores da Terra das Dálias, Evilásio enfrenta grandes problemas em sua gestão. Para termos uma ideia, o Hospital da cidade, que já foi referência na região, atendendo muitos pacientes de Santa Cruz, passa por dificuldades, pois o prefeito não está pagando os salários de seus funcionários em dias.
O ditador Maia – Zé Augusto mesmo sem mandato e sem força política, não calça a sandália da humildade e aceita uma indicação do grupo taboquinha para prefeito ano que vem. Maia chega com uma falsa humildade dizendo que não será candidato e que abrirá mão de lançar o nome de seu filho, em favor da união do grupo. Mas como vai querer união, se diz que o nome do cabeça de chapa tem que ser indicado por ele e os vereadores indicam o vice. Ou seja, Zé diz: “não sou candidato, mas meu candidato é Flávio”, por exemplo.
Oposição começa a aparecer – Esta semana o grupo de oposição já deu sinais de como será a disputa pela prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe. Com Edson (PSDB), conseguindo sobressair da crise nacional e tendo uma boa aceitação popular. Neste caso, oposição terá que partir para o denuncismo. Essa semana a capital da moda foi notícia em rede local, não pela conhecida confecção, como é de costume, mas sim para noticiar a denúncia feita por vereadores da oposição. O foco da denúncia foi o famoso caso das tortas de R$ 120,00.
Uma janela para Zé Elias – O vereador Zé Elias, que atua mais como situação do que oposição, pode encontrar uma janela para mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato. Caso se confirme a fusão do PTB e DEM, com a fusão caracteriza um novo partido. Neste caso, o político pode não concordar com a junção e sair para uma nova legenda.
Por: Marciel Aquino