Fotos: Bruno Muniz |
Mesmo proibido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) zona
rural de Taquaritinga do Norte, no agreste pernambucano, continua sendo
desmatada.
Estivemos em uma ronda pelos principais trechos de mata
nativa nos entornos de Taquaritinga do Norte, e o contraste é preocupante, em
alguns locais é difícil se encontrar o inconfundível verde que é uma
característica da região, tudo consequência do desmatamento .
O mercado
É possível ainda, ver caminhões circulando livremente pela
BR 104, que liga Taquaritinga à Caruaru. A madeira retirada dessas matas, por
não ser de proporções industriais, acaba servindo apenas como lenha para
padarias, pizzarias e outros estabelecimentos comerciais do gênero.
Ressaltamos ainda, que a devastação de Mata Atlântica pode
gerar para o gestor do município, um punição enquadrada na Lei de Improbidade
Administrativa (LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992).
Fiscalização
A falta de fiscalização é o maior agravante, em tese tudo
funciona no papel, mas na pratica os responsáveis por coibir o desmatamento e
as queimadas não costumam fazer visitas nos locais com maior índice.
Pouco a pouco Taquaritinga do Norte vai perdendo um dos seus
bens mais preciosos, suas matas, matas essas que correspondem a grande parte do
turismo atraído para o município, fato notório e explicável, poucas cidades do
agreste possuem a flora que há na Dália da Serra, um biótipo conquistado pela
sua altitude e clima mais ameno.
Não se tem informações da quantidade de madeira que continua
sendo retirada das redondezas de Taquaritinga, estimasse que a próprio MMA não
divulga os números reais.
Nunca se falou tanto em desmatando no interior de Pernambuco
como nos dias de hoje, a cultura da não preservação é o que predomina, um
proprietário de terras dificilmente será convencido que não pode mais desmatar
suas próprias terras, e sem fiscalização e acompanhamento , a situação se torna
ainda mais difícil e imprevisível.
Por: Bruno Muniz