Irrigação por gotejamento - Alternativa viável para convivência com o Semiárido.

Para promover o desenvolvimento local em comunidades carentes gerando emprego e renda na Zona Rural de Inajá, no estado de PE, investimos junto com parceiros no plantio de melancia irrigada. O investimento em insumos agrícolas não é alto, mas, quando se pensa que a água para irrigar a terra arenosa é bombeada usando energia elétrica, oriunda de poço com profundidade entre 120 a 170 Metros, os custos aumentam significativamente.
Cerca de 70 dias após o plantio é possível colher as melancias e,  durante a colheita surgem dificuldades, a maior nessa região é o acesso dos caminhões ao local  para retirar a produção, uma vez que a estrada é precária, ( para não dizer inexistente) pelo descaso do poder público.
Em Inajá e Manari, pequenos produtores vendem a produção de melancia irrigada para atravessadores que se aproveitam da falta de estrutura deles. É visível a falta de estrutura para escoar a produção, isso consiste um entrave para o desenvolvimento local e a motivação para os agricultores.

É comum ver que após fazer todo o investimento, o agricultor sofrer o dano com questões como oferta e da demanda que varia bastante,  e a disparidade do preço que vende é 5  a 7 vezes inferior ao preço final ao consumidor.

Embora o Semiárido tenha sido citado com prioridade, no “Mais Irrigação ”programa lançado pelo governo em 2013 prevê investimentos de R$ 10 bilhões em propriedades rurais.

Não vemos na prática ainda os pequenos agricultores recebendo nenhum tipo de subsidio do programa. Implementar o "Mais irrigação" no Semiárido é certamente um desafio que precisa de comprometimento e fiscalização por parte do poder público. 

Para o pequeno agricultor que esbarra  na burocracia quando tenta subsidio, sobra a tristeza de ver que seu Pais dispõe de cartilhas elaboradas por excelentes teóricos e ótimas propagandas feita por exímios marqueteiros, mas, não investe para que o pequeno produtor tenha o acesso aos benefícios citados nelas.

Um fraude comum é o desvio das verbas do garantia safra, a prova disso foi  que Em março de 2014 o TCU identificou Políticos e donos de carros de luxo recebem verba anti-seca, um prefeito, vereadores e até donos de carros de luxo foram beneficiados com verbas de programa federal criado para socorrer pequenos agricultores castigados pela seca no Nordeste.

OUTROS FATORES QUE EMPERRAM O DESENVOLVIMENTO

O abandono a Assistência Técnica Permanente para o agricultor familiar no Semiárido Nordestino foi tema de um matéria, segundo Azevedo Carneiro, o atual governo não tenha uma visão descentralizada, no sentido de desburocratizar o repasse dos recursos para a assistência técnica, e isso ocasiona um dos principais obstáculos apontados pelos agricultores familiares.

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A ideia de “combate à seca” considerada hoje como ultrapassada por muitos teóricos porque se concluiu após vários estudos, que a estiagens sempre ocorrem, e por isso, é preciso conviver com o clima Semiárido, desenvolvendo projetos que possibilitem o melhor aproveitamento e distribuição da água, perfurando poços para irrigação, construindo barragens e etc...

No entanto, até bem pouco tempo, em vez de disseminar políticas de "convivência com o semiárido", o governo federal empreendia o "combate à seca" – e isso desde que o imperador Dom Pedro 2° autorizou a construção do açude do Cedro, uma das primeiras grandes obras públicas de combate à estiagem, em 1880, passando pela fundação do atual Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), em 1909, e, na segunda metade do século 20, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e outros órgãos. 

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Fonte: ongpaoevida.blogspot.com

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