''Agora é a vez de Zé pedir uma chance.''

Santa Cruz e região viveu nos últimos dias o martírio do deputado federal José Augusto Maia.  Todos sabiam que seria difícil a eleição de Zé para federal, porém creio que ele não esperava receber esse golpe, vindo de seu próprio partido. Ele entrou na moda de ter uma legenda para controlar, e assim poder escolher a coligação que seria mais fácil para a sua reeleição. Só não contava com os efeitos colaterais que essas siglas de aluguel podem causar. Como diz o velho ditado, “a sorte não bate na mesma porta duas vezes”. Na eleição passada, Zé foi ajudado pela sorte e pela coligação e conseguiu entrar com pouco mais de 40 mil votos. Já este ano dependendo da coligação, falam-se em até 90 mil votos, para conseguir uma vaga.

Então José Augusto sabia que não seria fácil.  De um lado, sua complicação com a justiça, pois pesam sobre ele vários processos, que dificilmente o deixaria legível para ser candidato. Dois dias antes do anúncio que não seria candidato, O TCE entregava ao TRE/PE, a lista com os nomes dos gestores enquadrados na Lei “ficha limpa”, e Zé aparece com sete processos, que dificultam sua candidatura. Ao mesmo tempo, os partidos travavam a quebra de braços, pela briga de espaço, nas coligações. E certamente o destino de Zé, já estava sendo traçado pelos que controlam as siglas coadjuvantes, no caso do PROS de Pernambuco, o deputado federal Eduardo da Fonte. Segundo notícias vinculadas nos meios de comunicação, Da Fonte teve influência direta, na destituição de Zé da direção do PROS no estado e segundo o próprio Zé, ele trabalhou nos bastidores para que a candidatura dele e de seu filho, fossem rejeitadas.
           
Assim como na vida, na política tem altos e baixos. E neste fim de mandato, Zé está vivendo seu maior pesadelo. Primeiro a perda do controle do seu partido, depois a verdadeira romaria, na luta pelo registro de sua candidatura. Além do mais, todos sabem que o quociente eleitoral, irá ser bem maior que na eleição passada. Mesmo que por meio de liminar, como aconteceu nas últimas duas eleição que disputou, conseguisse o registro de sua candidatura, tanto para federal que precisaria de mais de 80 mil votos, como para estadual, na forma que o partido está, dividido em 3 alas. Maia dificilmente conseguiria votos para ser eleito. Desta forma, esta perda, pode ser transformada em vitória. 

Zé chega com um discurso de vítima, de grande injustiçado, pregando a união do grupo. A grande jogada é tentar passar a ideia que abriu mão de sua candidatura e da de seu filho, para não dividir mais ainda o grupo taboquinha. Se essa ideia for aceita, Zé pode sair por cima, e ficar livre de uma possível derrota nas urnas. E mais, se caso Armando seja eleito, os Maias voltarão a reinar no estado e consequentemente em Santa Cruz. Chegando até a passar uma imagem de um político incorruptível, quando fala que ofereceram vantagens em dinheiro, para ele e seu partido apoiarem Paulo Câmara. Não estou aqui julgando ninguém, mas chega e ser irônico, quando observamos tantos processos, por desvio de verbas. 

Vamos aguardar os próximos capítulos da novela do grande José Augusto Maia, e a sua luta para manter o controle do grupo taboquinha, mas ele tem que convencer principalmente Ernesto e Toinho, que brigam pelo mesmo posto. E ainda tem a decisão do apoio para deputado federal. Se saírem unidos, apoiando o mesmo nome, já será um bom começo.




 - Marciel Aquino (Política Para Todos).

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