| Fotos: Bruno Muniz |
Na tarde desta terça-feira (08), estivemos em contato com o Cartório do Registro Civil de Santa Cruz do Capibaribe, onde em conversa com uma das responsáveis pelo departamento, constatamos um dado preocupante para o município. Foram nos apresentados dados que mostram claramente que houve um acréscimo significativo no número de óbitos registrados no mês de novembro, em Santa Cruz do Capibaribe.
Normalmente são feitos registros de 25 a 28 óbitos por mês, mas, em novembro o número praticamente mais que dobrou, chegando à atingir a marca de 57 óbitos confirmados. O número de mortos cresceu justamente no mês mais crítico até agora registrado nas unidades de saúde da cidade do Agreste, isso fruto de uma castigadora crise epidemiológica que também atinge outros municípios da região.
Ainda segundo o relatório, apenas dois dos casos foram registrados como tendo ligações com alguma virose provocada pelo mosquito Aedes aegypti. O detalhe é que na maioria dos outros casos, os atestados enviados ao Cartório de Registro Civil tratam às mortes como sendo de causas desconhecidas.
Neste cenário de causas não relatadas, é importante ressaltar que em alguns episódios, familiares das vítimas confidenciaram que os seus respectivos parentes falecidos apresentavam quadro sintomático das viroses em questão, ou seja, há um forte indício de que o motivo dos óbitos tenham sido os mesmos.
Ainda de acordo com o levantamento, a maioria das mortes registradas são de pessoas já na terceira idade, porém, também foram registrados falecimentos de pessoas mais jovens, alertando para gravidade da situação.
Esta semana, um ofício do cartório estará sendo encaminhado para Secretária Municipal de Saúde, os laudos serão amplamente apresentados ao setor público, de maneira que o mesmo fique apar do que de fato está levando tantas pessoas à óbito.
Até o momento não se tem registro de outra época em que o cartório tenha contabilizado tantos falecimentos em um único mês.
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